O que é?
Esta anomalia é a primeira causa de obstrução intestinal no recém-nascido e envolve o duodeno, a primeira porção do intestino delgado.
Como é que acontece?
Resulta de uma alteração no desenvolvimento do duodeno, de causa desconhecida e numa fase precoce da gravidez. Pode ocorrer de forma isolada ou estar associada a outras anomalias morfológicas (cardíacas, renais ou vertebrais), ou cromossómicas (como a trissomia 21).
Que outros exames podem ser realizados?
Ecografia morfológica para excluir anomalias associadas e ecocardiografia (avaliação cardíaca detalhada)
Estudo invasivo − amniocentese − para excluir trissomia 21 (associada em 30% dos casos), ou outra anomalia genética.
A ecografia 3D ou a ressonância magnética têm pouca utilidade neste diagnóstico.
Como vai ser feita a vigilância da gravidez?
A vigilância é feita por ecografia para excluir outras anomalias anatómicas, restrição de crescimento e avaliar o líquido amniótico.
O que significa para o meu bebé antes do nascimento?
Durante a gravidez, a atresia duodenal pode condicionar aumento de volume do líquido amniótico, que pode estar associado a maior risco de parto prematuro, pela sobre distensão do útero. O crescimento fetal também pode ser prejudicado, pela obstrução do intestino delgado e menor absorção do líquido amniótico.
O que significa para o meu bebé depois do nascimento?
Após o parto, o recém-nascido será internado na unidade de cuidados intensivos neonatais, para vigilância e confirmação do diagnóstico.
O tratamento é cirúrgico é geralmente realizado nos primeiros dias de vida. A maioria dos recém-nascidos tem bom prognóstico, mas quando associadas outras anomalias, o prognóstico está dependente das mesmas. Em 12 % dos casos, podem existir complicações tardias da cirurgia, como o refluxo gastroesofágico, as aderências, a obstrução intestinal, ou o esvaziamento gástrico tardio.
Como e quando vai ser o parto?
O parto deve ocorrer, no termo da gravidez, num hospital de apoio perinatal diferenciado, com unidade de cuidados intensivos neonatais e cirurgia pediátrica.
Deve preferir-se o parto vaginal, estando a cesariana indicada por razões obstétricas.
Qual o risco de se repetir numa gravidez futura?
Quando a anomalia é isolada o risco de recorrência é igual ao da população em geral.
Veja o folheto completo:
Folheto informativo - O que devem saber, o que devem perguntar