Definição
• Os quistos do plexo coroide resultam do preenchimento de pregas neuro-epiteliais com líquido cefalorraquidiano. O aspeto ecográfico típico consiste em pequenas estruturas (inferiores a 10 mm), anecogénicas, de contornos bem definidos e localizadas dentro dos plexos coroides. Podem apresentar diversas aparências, desde quistos simples e unilaterais a quistos bilaterais, septados e/ou múltiplos.
• São achados ecográficos comuns durante o 2.º trimestre. Na ausência de outras anomalias associadas, do SNC ou fora dele, são considerados uma variante do normal, independentemente da forma, tamanho ou lateralidade.
Prevalência
• 1 em cada 50 fetos às 20 semanas de gestação. Mais de 90 % desaparece pelas 26-28 semanas.
Diagnóstico ecográfico
• Áreas quísticas (superiores a 2 mm de diâmetro), isoladas ou múltiplas, num ou em ambos os plexos coroides dos ventrículos laterais do cérebro fetal.
Anomalias associadas
• Aparecem de forma isolada em 1-2 % dos fetos saudáveis.
• Os fetos com anomalias adicionais apresentam maior risco de anomalias cromossómicas, especialmente de trissomia 18 (30-50 % dos casos) ou trissomia 21.
Investigação clínica
• Ecografia morfológica detalhada.
• Estudo invasivo nos casos não isolados.
Follow up
• Se isolado realizar vigilância de rotina.
Parto
• Programação de parto de acordo com os critérios obstétricos.
Prognóstico
• Relacionado com a presença de anomalias associadas.
• Se isolado, bom prognóstico. Habitualmente desaparecem no 3.º trimestre − 28 semanas. Os que persistem são habitualmente assintomáticos e benignos.
Recorrência
• Se isolado, sem risco aumentado de recorrência.
• Quando associado à aneuploidia, risco de recorrência de 1 %.
Veja o folheto completo: